quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As pilhas da Ira



Racha-te TV, em nome de Zim! Vou repetir muitas vezes.

Há muitos anos atrás soube que os telespectadores italianos, através de uma associação específica, julgo eu, pretendiam processar a televisão italiana por causa da poluição sonora insuportável do volume dos anúncios entre os programas. Nunca soube em que ficou o intento mas, já na altura, a ideia pareceu-me maravilhosamente civilizada.

De facto, se há coisa que me deixa capaz de pensamentos ultra-raivosos, ultra-virulentos e ultra-violentos é o som da interminável chatice dos anúncios de TV, e olhem que vejo mesmo muito pouca televisão. Com que direito os gestores, ou editores, ou produtores, ou lá o que sejam as gentes responsáveis pelo que nos chega via verboso elecrodoméstico nos fazem ouvir mensagens, grande parte dos casos parecendo dirigidas a débeis mentais, aos gritos e, para completar o enlouquecimento a que certamente nos pretendem votar, rindo-se muito diabolicamente, também certamente em alguma secreta cabine, salinha de brainstorming/brainshit, com umas musiquinhas para lá de irritantes, estridentes, repetitivas até querermos bater com a cabeça dezenas de vezes na parede mais próxima, como vistoso e chamativo pano de fundo?

Temos, portanto, uma questão de forma e de conteúdo a abater. Entendam, a abater. Quero archotes, quero milícias. Façam alguma coisa. Agarrem-me, escondam as armas. Sinto ódio e cogito vinganças excêntricas e sagazes, com teor inolvidável de faceira maldade. Ah ah ah ah ah ah ah (riso muito mau).

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