sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O misterioso caso do Ocaso

Foto de Zim

Ocaso, quase partida ainda não é ir, mas por outro lado também não permite tão plenamente ficar. Ficar. Ficar e procurar não se anulam entre si. Entre mim e si, quanto chão. Quanto céu. Todo o verde das folhas que cantam de saudades, todo o verde do limão. Lembra-me o Jack Kerouac, nesta simples pergunta que me adensa tão poderosamente: "Onde está ele esta noite, onde estou eu, onde estás tu?" Há sempre uma melodia entristecida a do ocaso da minha amorosa estadia na aldeia. Mas enche-me o coração saber que aqui fica, e que aqui tornarei. Sempre, e sempre um pouco para sempre.

E o seu anseio, dilecto leitor? E o seu tornar, é onde?

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