Caetano Veloso - Amanhã (Guilherme Arantes)
A minha mensagem de Ano Novo do ano passado (no Facebook) foi:
"Este ano, mais do que desejar feliz 2011, desejo-vos feliz cada dia de 2011, e que isso seja fundado em infinda resiliência, esperança racional e vale a irracional também, fantasia e capacidade de auto-regeneração da poluição literal e figurada, das aporrinhações, da infinita canseira e do enorme tédio existencial que tantas vezes prevalece. Nas invisíveis trincheiras do dia-a-dia tudo se decide. Na noite de 31 para 1 será quando menos precisaremos de esperança adicional, porque nesse momento temo-la sempre instintiva e condicionadamente; mas importa como símbolo e ainda bem.
Só lembrar que essa entidade nova em folha e embrulhada em expectativa e inquietude que se sintetiza em "2011" será feita de todos os nossos momentos, todos os seus dias. Posto isto, feliz 2011, felizes todos os vossos dias. Ou seja, demandem (-se) e salvem-se em todos os vossos dias, independentemente do cenário. E que o PEC não nos faça pecar (muito)."
Pois bem, reitero tudo com as devidas actualizações. 2012 será certamente muito desafiante, trará enxaquecas, humores difíceis, adaptações. Mas tenho a certeza de que virão também risadas, amizades, amores, conversês magníficos, planos, dias bonitos. E, claro, o "acordio" ortográfico para animar as nossas vidas.
Da minha parte, devo dizer que amei o ano que passou. 2011 (e naturalmente que apesar dos pesares de diferente ordem), trouxe-me a ampliação de valores vitais e a sua vivência, a sua re-experimentação ou novíssima experiência, uma preocupação mais sensível e mais sincopada com o que me rodeia e uma tentativa de ensaio dos equilíbrios num exercício que se tornou decisivo e, de facto, um ponto de viragem.
Muito obrigada a todos os meus queridos leitores, comentadores e não comentadores, pela companhia e pela troca de ideias que é sempre permitida e alimentada nestes espaços tão libérrimos quanto privilegiados das arrobas.
A canção que escolhi para este post, uma esplendorosa composição de Guilherme Arantes numa sublime interpretação do Caetano Veloso (não é engraçada a diferença, aqui, do de e do do?), é uma linda ilusão que podia ser verdade. Pensar no que cada um de nós pode fazer para cumprir esse desígnio perfeito da canção é um desafio a que Vos convido, dilectos e deliciosos companheiros. "Sê a mudança que desejas ver no mundo", nas imorredouras palavras de Gandhi.
Que este ano em breve a estrear seja uma rota instigante na nossa Demanda!
Feliz 2012, felizes todos os nossos dias: Saúde, Paz, Amor, Humor, Tambor.
Beijinhos e abraços,
Tamborim Zim