quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O jardim

Um doce inventário de entidades em flor

O jardim da nossa humanidade: onde semeado tudo dá. Amigos, amores, gostos, desgostos que dão frutos às vezes saborosos outras nem tanto, pistas, sentimentos, apegos, afetos e lembranças vivas. Luzeiros, inspirações, enfim. Até cautelas e sentidos proibidos, mas isso mais na parte menos ajardinada e mais fabril da tal nossa humanidade.

Entre a beleza ordenada dos jardins e a atração selvagem da floresta, não hesitaria em escolher a segunda. Mas, neste caso, o jardim remete para assuntos bem arrumados, bem resolvidos no nosso decurso existencial. Outrora podem ter sido selva, embora. Agora estão arrumados mas vívidos, com cores e olores.

Esta metáfora já me ajudou, e ajuda. E se alguém perde alguém, seja qual for a forma, gosto de pensar que poderá, quem sabe, ajudar alguma coisa (mesmo que muito, muito poucochinho) se pensar que quem amamos fica para sempre, na indelével beleza das flores do espírito, no jardim da nossa humanidade. Dentro.

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