quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Zzzzzzocorroooo


- Zim avoa avoa avoa Zzzzzzimmmmm!...

Quem sou eu para contrariar as grandes forças da Natureza? Ninguém, eh bien. Mas julgo ser imperativo planetário enviar esta humilde mensagem ao senhor vento.

Dileto e intempestivo Vento,

Sei que andais em desvario incessante, talvez derivado à crise, quiçá, em dança aterradora e poética, com os Vossos pés mágicos em derredor do Mundo. Arrancais telhados, copas de árvores, ramagens, ceroulas, tudo enfim. Encheis de folhas as ruas, ameaçais perigosamente a integridade das antenas e, por conseguinte, a ligação ao imperdível universo televisivo de milhões de lares. Atravancais as ruas de lixo, fazeis milhões de incontáveis ciscos invadirem olhos e orquestrais miríades de portas que sonoramente barafustam sob o Vosso orgulhoso ímpeto. E como se tudo isto não bastasse Vento, senhor, acabais-me com os Diclofenacs desta vida! Toda eu sou analgésicos, porque me fazeis das costas uma dor só. Clemência, clemência, em gentil brisa vos transmuteis, em gentil brisa vos transmuteis!

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