sábado, 22 de setembro de 2012

Olá Outono!

Outono
 
Impressionismo
 
Le Petit Bras de la Seine à Argenteuil, Automne, Monet

Apenas entende e estima a inevitabilidade do contínuo desfilar das estações quem, num dado dia, foi tocado pela tristeza e pela saudade e subsequente necessidade de renovação e alegria e compreende, assim, a inelutabilidade desse ciclo, também dentro de si.
Esta gravidade introdutória não pretende, todavia, calar o grande contentamento que se me abate nestes últimos anos quando o Outono chega, enfim. Depois da secura, do calor e, é vero, de todas as coisas belíssimas do Verão, também apetece o pedaço do frescor, do contraste da luz, da diferente luminosidade, um outro indício de rio, uma outra sombra na água, etc., etc..
Já sabeis que prefiro os modelitos outonais-hiemais. É outra coisa, como compreenderão. Deixa-se a simples t-shirt e abre-se, na escuridão do guarda-roupa, toda uma série de novas possibilidades de textura, composição e conforto. Cada estação tem o seu conforto. Na meia-estação que anuncia épocas mais frias, apetece recompor os agasalhos, deixá-los mais à mão de colher, as bebidas reconfortantes falam-nos mais alto ao palato, bem como o seitan quentinho e o tofu picante...
A quietude, reparem na quietude. As pessoas ficam mais calmas sem a brasa da torreira de calor em chapa em suas augustas moleirinhas.
E a beleza, reparem na beleza, nas revoluções no céu, na pictórica alucinação das nuvens.
Meus nenúfares, um magnificente Outono para todos nós.
 


2 comentários:

Pagu disse...

Pois é tudo muito lindo, as cores, e os cachecois e as modinhas e os chás de seitan e essas coisas todas mas eu cá prefiro a torra inclemente dos dias azuis.

Tenho dito.

Tamborim Zim disse...

Chás de seitan? Hum....deve ser magnifique!!! Ah, mas e os dias azuis outonais? São tão delicados!