quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Petição - Muito Importante!

Queridos leitores,

Já assinei a petição para pedir a anulação da medida que pode penalizar com prisão e morte os homossexuais do Uganda. Por favor assinem esta petição contra tamanho atentado aos direitos humanos fundamentais!

Beijos e abraços tamborínicos!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Delete aos assassinos

Eu dava a inimputabilidade ao Renatinho Seabra, dava. Com vergastadas e sentença de morte. Exaurida, exaurida de ouvir falar de crimes e de vidas terminadas por gente má. Enquanto a vida corria fácil, era saudável. Quando há chatice, claro... é a psicose. Poupem-me.

Alvos de Zim

Tuc!

Embirro com criaturas estridentes e que com essa pecha ainda acumulam o facto de serem intrometidas, despropositadas, mandonas e tolas. Entenderão certamente o tipo de personagem que aqui refiro, se vos adiantar que se inclui nas gentes que têm uma compulsiva necessidade de dar graxa aos outros, mas daquela graxa (já suficientemente má por sê-lo), completamente abobalhada e estulta. Claro que esta característica vem sempre acompanhada de uma carência aguda, e eventualmente de alguma ausência de auto-estima, porque é um tal de dispensar "fofa" e "coisa boa" e "minha querida" com uma frequência e generalização que é, no mínimo, de suspeitar. Sobretudo quando o emissor de tais fofuras não é especialmente doce. Por outro lado, este tipo de gente imagina-se capaz de congeminações astrais, o que os faz aventurar numa tentativa triste e frustre de nos excluir do caudal das "riquezas" quando nos encontramos (por infelicidade!), no mesmo metro quadrado. Decerto que intimamente o agradecemos.
Sabem, sabem bem. Não terão um ou uma coleguinha assim? Vizinha, qualquer coisa? Estas pessoas assumem, entretanto, um ar protetor e de defensor da justiça e dos oprimidos contra os pretensamente injustos, esquisitos e opressores (onde normalmente nos incluem), e são adeptas da pior espécie de carneirada - aliás, a única reprovável -, a humana. Querem ser engraçadas e as bobas da corte a todo o custo, fazem observações cretinas e frouxas e oscilam entre tratar-nos com simpatia e lançar-nos um olhar de vigilante raiva antipática. Gostam de medir os outros, e de saber dos outros.
Pergunto se não gostariam, talvez no recato do lar, sossegadas e sem distrações para os seus encéfalos demasiado molinhos, de saber mais de si. Mas, é como diz o anúncio... não era a mesma coisa!
E depois, como poderíamos ganhar embalagem para posts destes? E como teríamos o gosto especial de sabermos que destilamos antipatia nas pessoas com quem não vamos à bola?

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Frio e solidariedades algo congeladas

- Está-se aqui brrrrem!
 
Alô? Alô? Terra? Daqui Tamborim Zim, autêntico ice-cream dada a inclemência gelada que se abate sobre os nossos esqueletos. Espero que ainda não tenham o visor completamente congelado, e que por conseguinte vos seja dado ler estas mal traçadas linhas.
 
No meu cérebro cansado e pejado de estalactites e estalagmites, ainda consigo tecer um raciocínio: vi há pouco na TV que parece que, em certos pontos do País (Gaia foi o local citado), os cabazes de Natal estão a aumentar muito, assim como aumentam as necessidades. Ok, e tudo o que seja para ajudar vale. Mas que querem, embirro com solidariedades sazonais. E isto não é propriamente por não celebrar a quadra, e por nunca o ter feito - e por nunca o ir fazer. O problema do brilhozinho sazonal nos olhos é que parece que habitua as pessoas a que é normalíssimo lembrarem-se das necessidades, tristezas e apertos apenas em determinhadas alturas do ano. E não deveria ser. E os coleguinhas laborais, tão fofinhos uns para os outros com votos de tudo de bom e mais alguma coisa? Pura irritação.
 
Terra? Eu sei que o Outono-Inverno é um charme, mas que a pessoa sofre um pedaço e como que encolhe, é facto...

sábado, 24 de novembro de 2012

As curvas de Copa

Marina Lima - Não sei Dançar (Alvin L.)

 
Chove imensamente e tenho esperanças que se lavem as mágoas todas deste tristonho mundo.
 
Chove e estou dentro de casa, cheia de cobertores, depois de ter dormido com a insistência das bátegas.
 
Chove e lembro-me do meu Rio de Janeiro, penso em Santa Teresa, na beleza dos pés do Rio, da sua nuca, das suas redentoras mãos. Imagino que nunca haja parança no calçadão. Aliás, bem o sei, porque o espiava de noite daquele quarto de hotel.
 
Chove, lembro-me do Rio e na salinha canta, para mim, a explosiva, magna, substantiva, fenomenal Marina. Marina Lima. Há um Hotel Marina - no Rio. Ouço um disco com trinta anos.
 
Leitor, esqueça tudo e acenda o link aí de cima, que é fogueira nesta cena aquosa geral.  Uma canção soberba, soberbamente interpretada (e que não integra o disco a tocar).

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cavaco e o silêncio

Agora Cavaco disserta sobre o silêncio.

Esta crise ainda nos tornará eremitas, em seres meditativos e levitantes.

O frio também ajuda ao recolhimento...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Amar Pintura

Anders Zorn - Summer Fun
 
Gaetano Previati - O Beija-Mão
 
Como sucede com outros frutos artísticos, a Pintura tem o condão de nos reabilitar a sensibilidade, sopra-nos uma enorme avidez de beleza e de escape, permite-nos pensar com o à vontade de tardes eternas de Verão.
 
Acima, dois exemplos excelentes disto que aqui digo, algodónicos e benquistos leitores: a delicadeza de um gesto de cavalheirismo intemporal, por um lado, e a embriaguez da luz marítima conjugada com a delicadeza da veste e da postura, por outro. Sendo ambos dois pintores que viveram a maior parte do tempo no séc. XIX (século de loucura estética pictórica total!) morreram, curiosamente, no mesmo ano, 1920. Zorn um sueco, Previati italiano.
 
Puro bailado de cores.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Não às cotas

Sophia de Mello Breyner
 
Atenção que este título em nada corresponde a qualquer tipo de hostilidade para com os nossos vetustos companheiros. Falo mesmo das cotas, da restrição numérica, de género, de cor, do que seja. Mesmo que muitas vezes possam ter de ser impostas, perante cenários de desigualdades muito vincadas, na maior parte das vezes creio que deviam ser evitadas porque, convenhamos, valor é valor, talento é talento.
 
Isto para anunciar que na barrinha lateral tem agora lugar a segunda daminha: Sophia de Mello Breyner, numa antevisão tão encantatória quanto ... urgente.

Topete

- Cucuuuu!!!
 
Eu tenho.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Coisas que só a mim ou Diálogo recente e real

Há poucos dias, Tamborim Zim encaminhava-se para um centro comercial que lhe é caro e deu com os olhinhos argutos numa senhora que ali costuma pedir esmola, exibindo um cartaz que, numa letra indefetível, garante ser portadora de doença grave. Trata-se de uma mulher nova, ainda que triste e extremamente envelhecida pelos hábitos doentios que certamente a tomaram e a afastam da sua saúde e liberdade. Por saber isso, prefiro dar-lhe uma ou outra coisa para comer, de vez em quando. Tem uns olhos grandes e lindos, cor de avelã, que ficam cada vez maiores à medida que a cara emagrece em cada minuto.
 
Decidi, naquele dia, trazer um saquinho com alguma variedade de (poucos) produtos, e quando saí do centro, ela estava já sentada e continuava a pedir. Deixei o saco junto da senhora, que me pergunta com voz algo lúgubre (e segue o diálogo):
 
Senhora dos Olhos de Avelã (SOA) - O que é que tem? - referindo-se ao saco.
 
Tamborim Zim (TZ) - Tem pão-de-forma, leite de soja...
 
SOA - Leite de soja?? - pergunta, horripilada.
 
TZ - Sim.
 
SOA - Fogo!!...- e o perfil franzia-se em lancinante tortura.
 
TZ - Bem mas a senhora não quer?
 
SOA - Eu quero mas o que eu queria ninguém me dá!... - desolação.
 
TZ - Pois, mas sabe, as pessoas também não podem...
 
SOA (com surda acusação) - Com o dinheiro que a senhora gastou podia ter-me dado uma moeda.
 
TZ (professoralmente) - E o que é que ia fazer com a moeda?
 
SOA - Eu preciso muito de ir ao hospital - e a feição assumiu a lamúria de uma menina inocente.
 
TZ- Olhe eu vou deixar aqui. Adeus.
 
SOA - (exasperada e vencida) - Acabo por ter de andar sempre carregada de merda, e depois tenho de deitar tudo fora porque não consigo comer!
 
TZ - Isto não é merda, é comida. E não devia deitar fora, podia dar a outras pessoas que precisam.
 
SOA - Eu não conheço ninguém, sou sozinha - com dignidade solene e boca desdentada.
 
TZ - Bem se não quer eu levo.
 
SOA - É que a senhora vem e deixa-me o saco com merdas, depois vem outra e deixa-me outro saco com merdas, e o que é que acontece? O que é que acontece??? - repetia, já sonoramente.
 
TZ - Tem de deitar fora.
 
SOA - Tenho de deitar fora - repetiu, calmamente.
 
TZ - Eu percebo a sua raiva, mas eu não tenho culpa da sua situação, está a ser injusta.
 
SOA (a olhar-me com os seus imensos olhos, e numa tocante franqueza) - Se a senhora tivesse de dormir na rua...
 
TZ - (tocada e apatetada com aquela razão que fazia a minha pretensa razoabilidade sumir-se em frangalhos) - Olhe, diga-me só se vai deitar fora porque tenho a quem dar.
 
SOA - Não, não...
 
TZ - Então deixo aqui, ao pé da senhora. Boa noite.
 
SOA - Boa noite, boa noite - tipo: vai de retro, tu e o pão e a soja e o raio do mundo inteiro contigo!
 
Esquecera-me, na minha curta enumeração, de dizer-lhe que também lhe deixei uma tablete de chocolate preto, espero que goste.
 
Este diálogo, misto de comédia e densa tragédia, deixou-me com um sentimento de impotência tremendo. E só me ocorria por que é que as televisões não se lembram de fazer programas a contar a forma como ajudaram a restituir vidas a sem-abrigos e a pessoas que mal sobrevivem nestas condições de humilhante indigência.
 
Digam-me se não sou um cromo improvável e uma Mrs. Bean chapada - e se este mundo não é duro de roer.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A irresistível virtude das morenas

Mu Chebabi e Luiza Casé em Morena
 
 
Amo apaixonar-me por canções. A da vez é esta Morena, que conheci via Gabrieelaaa. Fiquei curiosa com estes dois intérpretes. E digam lá se a song não é uma delícia autêntica, e ainda por cima ilustrada com as obras de Emiliano Di Cavalcanti. Quem é amica, quem é?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Os cravos de Amadeo

Menina dos Cravos - Amadeo Sousa-Cardozo, 1913
 
Em dia de greve, de paragem, de manifs e de exaltados ânimos, fica um registo a propósito, com cravos vicejantes, assinalando também aqui na Alegoria o 125º aniversário do nascimento do tremendo pintor Amadeo Souza-Cardozo. O quadro tem quase 100 anos. Para quem ainda não conhece o espetacular museu homónimo, na tão bonita Amarante, por favor: vá lá!
 
 

Polícia e Manif

Obviamente que sou contra a violência, e que considero um despautério que os polícias tenham de levar com pedradas e petardos ao desempenhar o seu trabalho. Mas pelas imagens televisivas, dava perfeitamente para perceber que as pessoas que estavam a arremessar objetos e pedras estavam longe de ser a maioria; pelo contrário, tratava-se de uma minoria identificável. Ora a minha questão é simples: por que razão não foram logo parados, em vez da coisa ter descambado para a desbunda coletiva?
 
Tal como sou contra as agressões aos polícias, também vi com choque que várias pessoas que estavam a fugir, e até de costas voltadas e a caminhar para longe da Assembleia, foram também atingidas repetidamente pela polícia. Se estão a afastar-se, bater para quê?! Outro despautério.
 
Ainda bem que os comportamentos violentos não se confundiram com a maioria das manifestações do dia de hoje. Espero que a greve tenha sido um sucesso.
 
Diz quem viu que lojistas e particulares abriram as portas para que as pessoas que estavam nas ruas próximas pudessem abrigar-se da confusão, e que pontos de incêndio em várias direções causavam um efeito assim um bocado para o sinistro.
 
O sentimento de injustiça é fogo que às vezes, mesmo que em excesso e indevidamente, acaba por arder.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Parar o País

STOP!

Tal como costumo fazer quando em GREVE, não vou comprar nada amanhã. A greve faz-se para protesto e parança e limitar ao máximo, ou mesmo suspender atividades comerciais é uma poderosa maneira adicional de concretizar tais objetivos.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Merkel, a Navegadora Temerária

De certeza que era a Angela Merkel? É que com tanto duplo, tanto polícia, helicóptero, barco, e sabemos lá mais o quê, de repente pensei que o Papa tivesse decidido visitar aqui a aldeia. Não que seja mais importante que Angela.
 
Apesar de tudo, não podemos queixar-nos muito: para além de ter aludido ao nosso passado navegador e ao orgulho nacional (presumo que terá tirado esta das sentenças bem intencionadas do nosso Passos a prometer pagar a dívida em record digno do Guiness), Angela garante que passará cá férias quando deixar de ser chanceler. Caramba que isto não é para todos. Portuguese really do it better.
 
E como se não bastassem estas carícias para os nossos ouvidinhos ávidos de cócegas, ainda temos um Excelente como nota do cumprimento rigoroso que devasta o País. Sem dúvida, esta visita deixou-nos impantes. E se é para renegociar a dívida, que seja para pagar mais e mais rápido, que é dessa raça que os filhos de D. Afonso Henriques,  Infante D. Henrique,  D. João II,  Vasco da Gama,  entre vários outros notáveis, são feitos.
 
Volte sempre, Mrs. Merkel. Há mais de onde este veio.

Eu também sei

Marisa Monte -  Eu Sei (Marisa Monte)*


Quando o mundo gira na inversa direção do que mais gostaríamos, há refrigérios que curam:

- o apoio dos que nos amam;

- o sentido de humor: negro, colorido, transviado, nonsense, revolucionário;

- as ideias que fervilham na cabeça para outros rumos;

- o soberano dar de ombros, relativizando-se o sudário;

- o conforto sem igual da boa consciência;

- a esperança;

- e, mais do que a esperança, o prazer de perseverar no que se acredita.

Tambo dixit.


* Este vídeo começa com uma Marisa muito jovem, e traz um fabuloso Eu Sei do seu segundo disco, Mais (1991).

E Daí?

E Daí? (Milton Nascimento/Ruy Guerra)
 
 
Há muitos anos ouvi um bocado desta canção num rádio. Não me lembro se foi numa velha cassete, se era mesmo na rádio que passava. Nunca me esqueci destas vozes, do espírito, da força poética, mesmo sem recordar as palavras. Noutro dia, no Facebook, o título da canção evocou-me as vozes do refrão. Ouvi e... finalmente! O que tentei encontrá-la.
 
Espero que gostem deste escândalo do grande Milton, e de Ruy Guerra.

domingo, 11 de novembro de 2012

Greve Geral 2012 - 14 Novembro - Faço


"Todos os 'ais' são nossos", a manifestação deve ser nossa!


Queridos e diletos leitores, a natural tendência é irmos desfalecendo na letargia e na descrença. Temos todas as razões para isso, e mais algumas. Porém, acredito que não pode ser essa a mensagem que nós, enquanto cidadãos, devemos passar uns aos outros, e muito menos a quem nos governa. Tem de haver saída melhor para as dificuldades que nos sufocam, sem nos sufocarem até à morte em vida. Há propostas que passam pela taxação de quem mais pode (aumento IRC para rendimentos empresariais superiores, cortes nas PPP, etc....), de renegociação da dívida, entre outros. O retrocesso está a vista e o tempo que nos levará a levantar o País para o recolocarmos numa situação minimamente saudável será danoso se este for o rumo a seguir.
 
Todos somos chamados a tomar uma posição, e todos deveríamos colaborar. Não apenas contra, mas por uma consciencialização comum e nacional de que pode fazer-se diferente e que a fórmula atual estrangula e lança no desespero quem não pode, não merece, e que por essa via ficará também impedido de ajudar o País a salvar-se - e dizer País é dizer todos os portugueses, de todas as gerações, ocupações e idiossincrasias. Sindicalizados ou não (como é o meu caso), esperançosos ou descrentes, o momento é agora.
 
A greve será sempre um meio muito digno de realizar essa manifestação, e tanto melhor quanto se realizem concentrações e desfiles na rua. Dia 14, às 14:30 no Rossio, em Lisboa, com outras atividades programadas para todo o País. Mas Portugal não está sozinho - é dia de mobilização e de greves em vários outros países desta saturada Europa.
 
Podemos  e devemos constituir-nos como polos pensantes, críticos, atuantes e construtivos. É isso que se espera da cidadania e da humanidade.
 
Exorto a que pensem sobre o tema, e que decidam na Vossa melhor consciência.
 


Ainda a propósito...

... dos Mon Chéris.
 
Não é que a maluqueira é tanta que encontrei um papelinho destes irresistíveis bombons dentro de uma bota? Perigo, grande o perigo...

Os Bataclãs

Forever Erectus
 
Ontem vi na televisão, certamente entre os intervalos das minhas novelas (Tamborim Zim está, mais do que nunca, a autêntica tia-avó), umas senhoras profissionais do sexo a dissertarem sobre a complexidade das relações matrimoniais. Com uma radiosa, mesmo puta sapiência, com o perdão da palavra, exibiam uma augusta serenidade e uma aura quase beatífica dentre os seus pareceres cheios de argúcia e magnanimidade. Ouvisse o programa mais uns minutos e acho que ficaria convencida de abraçarem a causa com um espírito muito para além do "missionário", mas nunca abaixo da missão. Isto apesar da honestidade de deixarem claro o lado comercial da questão. Sim senhor. Um sacrifício macerado espreitava-lhes dos traços resignados (isto também é verdade), a contrastar com as cores choque das unhas pavorosas que deixavam ver. De facto, não deve ser nada fácil para um homem lidar com a mesmice em casa, evidentemente que o recurso à prostituição deve ser de lauta ajuda para as dissidências entre o casal e para todos os cansaços de amor. É bater à porta e lá estão aquelas pequenas fadas, prontas para a polivalência de servir como psicólogas, amigas, amantes... Não, perdão. Amantes não. Tal como uma daquelas senhoras referiu, o grande perigo para o casamento não são elas, mas as amantes.
 
Olhando para aquelas alminhas, atentando no discurso pouco atrativo, nos estilos, unhas, trejeitos duvidosos, pergunto-me se é naqueles ambientes que os tais homens entediados se divertem, se essa onda efetivamente os satisfaz. A resposta exige alguma frieza, e só pode reconfirmar a clamorosa rusticidade de grande parte dos compinchas do sexo forte. Uma pena, mas verdade verdadinha.

sábado, 10 de novembro de 2012

A Nação Chérie

Os Ambrósios Possíveis
(Foto de Zim)

Tendo em vista o tristonho panorama nacional, só me oferece dizer três coisas de momento:

- segunda-feira saio à rua toda de negro vestida;

- na quarta-feira faço greve;

- ainda bem que o Mon Chéri é comestível, pois nos seus ingredientes não tem produtos de origem animal.

Tudo somado, viva o deleite!



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Palestina na Alegoria

Nãooooooooooooooo! Qual não foi a minha surpresa quando estes olhos inocentes bateram agora, nas estatísticas do blogger, com a origem dos acessos a estas humildes páginas: Territórios Palestinos! Um grande saravá aqui de Portugal para Vós. E por favor, portem-se todos bem por essas bandas. Já chega de crime e de sangue nessas paisagens arenosas.

Este incunábulo não tem parança camaradas, não tem parança!

Uma Rosa para rosas

Astrud Gilberto - Misty Roses (Tim Hardin)
 
 
Se fosse apenas para ter conhecido e ficado irrestritamente apaixonada pelo melhor da Música Popular Brasileira, pelas seus músicos, compositores e cantores de excelência, cujo talento e brilho cruzam gerações gloriosamente, apenas por isso, teria valido a pena saudar este Mundo.
 
 E um dos aspetos transfigurantes destes fazedores e intérpretes da melodia é que há qualquer coisa na sua voz, no teto ou nos interstícios da voz e do balanço, que se grava indelevelmente nos nossos sentimentos. Mesmo quando cantam... música não brasileira.
 
Tudo isto, leitores, tudo isto para apresentar aqui na Alegoria este momento de beleza rara, delicadíssima, rendada, de sol ao fim da tarde (tudo sinónimos da magia de Astrud Gilberto), de uma das minhas cantoras preferidas de sempre. Foi casada com outro nome maior (e primeiro) da Bossa Nova, João Gilberto. Misty Roses.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Contra a solidão forçada

- Esta minha amiga é um pouco confusa! Mas divertimo-nos muito juntas...
 
Meus ímpares diletos, nunca é demais lembrar a importância da companhia ao vivo, a cores e com tato e brilho de olhares. "Declínio funcional" e "morte prematura" são associados à solidão nos casos de pessoas com idades superiores a sessenta anos, segundo estudo realizado este Verão pela Universidade da Califórnia .
 
Saudei com prazer a ação piloto das Parcerias Europeias de Inovação (European Innovative Partnerships), dedicada ao Envelhecimento Ativo e Saudável. Podem saber um pouco mais aqui.
 
Tempo, conversas e cuidados: os melhores presentes podem salvar vidas.
 
Isto recorda-me outro post - viva a Grande Idade. Pretender apequená-la é, para além de um crime, burrice crassa.

Estamos no bom caminho quando...

... nem um dia cinzentíssimo, gelado e chuvoso impede a nossa animada tranquilidade.
 
Quem disse que não há uma beleza cheia de brilho no céu carregado, um desafio sussurante na friagem e promessas de mil renascimentos na chuva?

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Perceberam? Era chuva tocada a vento.

- Hum. Brinca, Zim. Brinca...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Perguntinha inocente

- Não percebo mas também não explicam!...

Então mas não se podem vender o raio dos submarinos? Alguns dos mil milhões que se foram na compra do Arpão e do Tridente sempre vinham parar à Pátria para melhor (glup) proveito, não?

Dilemas bicudos de redondos

- Pimenta, chocolate preto, convicção, sff.

Ora bem, por "redondos" talvez devesse dizer "cíclicos". Ou eternos. A verdade é que os dilemas aludidos na nobre alegórica epígrafe se referem a coisas que nos acompanham ao longo da vida, e estou convencida de que nos apercebemos desses vértices de danação desde bem cedo. No meu caso, confirmo.
 
Dilema simplex/complex
 
Este é um permanente excitex. Apercebo-me que muita gente possui um hábito que, creio, lhes diminuirá rugas e minguará encéfalos: não pensar demasiado, não pensar poliédrico. Veem um lado da questão, tomam-no para si por ser conhecido, confortável, reconhecido ou provável, e pronto. Claro que tentar escalpelizar o esquema obscuro da desordem das coisas e os seus fundamentos profundos é muito mais acagaçante e proporciona aborrecimentos e comichões.
 
Dilema dominado/tresmalhado
 
Dissidir exige pensamento, crítica e assunção de ideias próprias. Coragem de contrariar, ou de apresentar aquilo que se entende ser melhor. Certamente que se impõe, nessa perspetiva, desviar o olhar de carneiro mal morto acima da restante carneirada e almejar o horizonte do pastor. Sair do conforto do grupo ao nosso lado, ou entre nós. Mas também do seu perímetro de frustração.
 
Dilema resignação/criação
 
A resignação é a terapia a que mais se adere contra qualquer tipo de incómodo. Reproduzir o registo desinteressante dos dias, das nossas funções, do que de nós se espera, protege-nos de canseiras adicionais e de desilusões. O resignado não se ilude e portanto, convence-se, não sofre. Mas o rasgo de criatividade implica romper com a pequena satisfação do cumprimento sem História dos minutos. Mesmo que nunca se consiga (e como isso custa!), não abandonar o rasgo e o tom da novidade e do risco palpita nalguns seres de forma tão insistente quanto, noutros, a tentação de resignar.
 
Dilema pão sem sal/caril bem puxado
 
Sempre detestarei os sonsos. As pessoas de olhar mortiço não por caraterística fisionómica, mas por terem sempre um véu de escárnio e de "mulice-capridice" que não querem deixar de mostrar, mas que também evitam assumir às claras. Geralmente quando o assumem transbordam e o sonsismo cede lugar à peixeirada desagradável, bem como ao encurtamento da visão. De modo que o ter sal (marinho), sabor e cor nos pontos de vista e nas posturas me parece tão, mas tão mais saudável e aprazível!... Porém, nem sempre o mundo o prefere.
 
Ficam alguns dilemas, à Vossa superior consideração.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Já sei

Hum!

Ou o País em geral e os setores em particular me respeitam e entendem a minha cristalina delicadeza ou agarro nas valises. Olhem a fuga dos cérebros, a fuga dos cérebros!

(Cérebro de Diva também conta minha gente, também conta. Bah!)

domingo, 4 de novembro de 2012

Dúvida inquietante



- Espelho meu, espelho meu, há daminha mais bonita do que eu?...

Será  o azul... maravilhoso e inverosímil dos olhos da lindíssima atriz Bruna Linzmeyer (zim, certamente outra das mais belas da Ecúmena, quase a fazer vinte anos), efetivamente real ? Porque é tão bonito, que custa a acreditar.
 
Outra coisa... Daminhas que amam a moda, não percam um segundo de Gabriela, onde Bruna é a safadíssima Anabela. Os modelitos anos vinte são de ver e chorar por mais. Esplendor!

sábado, 3 de novembro de 2012

O brilho da Paris de Allen

Amo-os: a Allen, e a Paris.
 
Diva Zim hereusement à Paris! (Não resisti.)
 
Sempre desconectada das novidades cinematográficas, vi apenas hoje Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. Posso dizer que, depois de não ter ficado muito satisfeita com Vicky Cristina Barcelona, como vos confessei aqui há atrasado, esta película tão elegante e inspiradora me reconciliou com um dos realizadores da minha predileção. Eu própria, aqui entre nós (que ninguém nos lê), me confesso uma figurinha assim um pouco woody alleniana, e vibro particularmente quando o próprio também protagoniza os seus ilustres devaneios.
 
É interessante e curioso verificar que os atores dos filmes de Woody tendem, por uma osmose benquista, a exteriorizar os maneirismos do realizador. Como se comprova em mais esta obrazinha de arte fenomenal que é Meia-Noite em Paris.
 
A história, lindamente composta, recordou-me uma frase que já não sei de quem é, mas que nos chama a atenção para o facto de, através da leitura, podermos ser contemporâneos de gentes de outras épocas. Mas, é claro, não só pela leitura. Pela arte em geral, pelo pensamento, mas especialmente, alvitraria, pelo sentimento-síntese que se cria da nossa convivência com esses tais outros tempos, pessoas, expectativas e demandas. Quem não sonhou viver noutro momento da História? Para trás, e até para a frente?! É uma insatisfação perene e imemorial, mas que não deixa de ser doce e fecunda, como nos conta Woody Allen neste passeio pela noite brilhante e líquida.
 
E depois, diletos, depois... Deveis saber que calha bem porque cada vez gosto mais dessa cidade. Penso que seria um local onde gostaria imensamente de viver uns tempos: as pontes, o Sena, as tantas exposições a cada passo, sem fôlego, quanta pintura, inúmeros museus, incontáveis palácios, cafezinhos amoráveis... E a língua, a língua...
 
Amei, e fez-me feliz. Como Paris. (Esta foi emprestada pelo Oswald de Andrade, como podem ver na barrinha lateral.)

O veganismo em debate

Debate: Veganismo
 
 
Hoje encontrei este debate na sister net e decidi deixá-lo à Vossa inteira disposição, algodónicos leitores, uma vez que é muito interessante aceder aos argumentos ali travados. Saliento a postura, a clareza e a racionalidade de Eneko Pérez, que fiquei a saber ser um menino ativista pelos direitos dos animais. É mesmo o que disse, e como disse. Vale a pena.
 



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

1º de Novembro - Dia Mundial do Veganismo



Provem o sabor inesquecível do Veganismo. Vão amar.
 
E no Dia Mundial do Veganismo, deixo um interessante artigo do Sol. A Paula Pérez, fundadora da NAE , já foi entrevistada por mim e podem ver a entrevista na barrinha lateral, abaixo.
 
Vale a pena relembrar que não precisamos de comer animais, nem de produtos seus derivados, para viver saudavelmente e para nos alimentarmos com muito prazer e sabor. Vale a pena, também, não esquecermos que milhões de animais sucumbem por gula, hábito, comodismo e falta de vontade de abrir os olhos e os corações para a compaixão e para um paradigma de respeito para com TODOS os seres vivos.
 
Há cerca de um ano que sou vegan.
 
Feliz Dia Mundial do Veganismo - que marque celebrações e despertares de consciência. "Sê a mudança que queres ver no mundo." (Gandhi)

Ermida Gerês Camping - O destaque

Diletos, o destaque ao maravilhoso parque de campismo no coração do Gerês, Ermida Gerês Camping, é mais do que justo. Ou não fosse coisa com dedo da família Zim! Aí fica na barrinha lateral.

E Novembro entra Magnífico!

Azul, rosa, laranja, tudo!

Felicidade = quentura, notícias maravilhosas, devaneio.