sábado, 3 de novembro de 2012

O brilho da Paris de Allen

Amo-os: a Allen, e a Paris.
 
Diva Zim hereusement à Paris! (Não resisti.)
 
Sempre desconectada das novidades cinematográficas, vi apenas hoje Meia-Noite em Paris, de Woody Allen. Posso dizer que, depois de não ter ficado muito satisfeita com Vicky Cristina Barcelona, como vos confessei aqui há atrasado, esta película tão elegante e inspiradora me reconciliou com um dos realizadores da minha predileção. Eu própria, aqui entre nós (que ninguém nos lê), me confesso uma figurinha assim um pouco woody alleniana, e vibro particularmente quando o próprio também protagoniza os seus ilustres devaneios.
 
É interessante e curioso verificar que os atores dos filmes de Woody tendem, por uma osmose benquista, a exteriorizar os maneirismos do realizador. Como se comprova em mais esta obrazinha de arte fenomenal que é Meia-Noite em Paris.
 
A história, lindamente composta, recordou-me uma frase que já não sei de quem é, mas que nos chama a atenção para o facto de, através da leitura, podermos ser contemporâneos de gentes de outras épocas. Mas, é claro, não só pela leitura. Pela arte em geral, pelo pensamento, mas especialmente, alvitraria, pelo sentimento-síntese que se cria da nossa convivência com esses tais outros tempos, pessoas, expectativas e demandas. Quem não sonhou viver noutro momento da História? Para trás, e até para a frente?! É uma insatisfação perene e imemorial, mas que não deixa de ser doce e fecunda, como nos conta Woody Allen neste passeio pela noite brilhante e líquida.
 
E depois, diletos, depois... Deveis saber que calha bem porque cada vez gosto mais dessa cidade. Penso que seria um local onde gostaria imensamente de viver uns tempos: as pontes, o Sena, as tantas exposições a cada passo, sem fôlego, quanta pintura, inúmeros museus, incontáveis palácios, cafezinhos amoráveis... E a língua, a língua...
 
Amei, e fez-me feliz. Como Paris. (Esta foi emprestada pelo Oswald de Andrade, como podem ver na barrinha lateral.)

2 comentários:

Lady Lamp disse...

És tão fofinha, Tamborim!! :)*

Tamborim Zim disse...

Fofinha? F-O-F-I-N-H-A, Mademoiselle Lampariná? Znif, terei de fazer várias análises e retiros p ultrapassar essa flechada na minha "divice" intangível!! kkk Muito obrigada minhas querida:)) Beijinhas mil.