sábado, 8 de dezembro de 2012

18 anos sem Jobim

Passarim (Tom Jobim) - Tom Jobim e Banda Nova
 
 
Hoje, em amigável facécia, perguntaram a propósito de uma foto minha, no FB, se ali tinha 18 anos. Respondi que tinha o dobro, uma vez que foi tirada ontem. Hoje ainda, vi que Antonio Carlos Jobim nos deixou há exatamente 18 anos. Aí sim, com frescos 18, tinha acabado de entrar na Faculdade, e sabia que um tempo muito bom se ia abrir para mim. Como é que o tempo passou? Continuo perplexa, e algo me diz que ainda mais o ficarei daqui em diante.
 
Nessa altura ainda não amava a obra magnífica de Tom Jobim, porque não a conhecia bem. Lembro-me, no entanto, da capa da Veja com a fotografia dele, lindo, e o título O Maestro. Lembro-me da frase do João Gilberto, referida nesse número: "Tom e bom é a mesma coisa." Há muitos anos que considero Tom Jobim e Caetano Veloso os maiores, melhores, mais essenciais compositores do mundo, de todos os tempos, lembranças, reminiscências, memórias, impressões. Claro que para mim, no meu mundo.
 
Tenho saudades deste Tom em permanência, e será sempre, com muito poucos noutras áreas artísticas, um dos meus mais amados criadores.
 
Helena Jobim, sua irmã, escreveu um livro maravilhoso e comovente (mas nada recente), intitulado Antonio Carlos Jobim - Um Homem Iluminado. Chico Buarque foi chamado para escrever o prefácio, mas teve um golpe digno do génio que também é: um CD com trechos inéditos dos ensaios de Jobim irmana-se ao livro numa experiência memorável.
 
Sinónimo de beleza, e sempre disponível no seu legado a um clique do extremo bom gosto e da procura pela mais intensa vivência estética e emocional.
 
Saravá, Tom!



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