quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Poemeyer

Oscar Niemeyer

Poemeyer

Neste preciso minuto
O Pão de Açúcar está à míngua
De tristeza
A olhar para a tua flor de Niterói
Por este breve minuto
O mundo suspenso, absorto
Nas tuas linhas
Puras cadências
Sem som
Na verdade não queria apenas um vestido teu
Sim vestir a leveza
Das hastes intocadas
Que se evolam do espaço
Fingem sediar-se
Quando na verdade
Nunca são apenas
Nunca são apenas
Elas

Voa sopro
Chega ventura
Neste momento qualquer lágrima
É arquitetura

2 comentários:

Anónimo disse...

o ritmo e a curva da lágrima. muito bonito o teu poema Tamborinzim *

Tamborim Zim disse...

Muito obrigada:) Mérito das curvas de Oscar.