domingo, 23 de dezembro de 2012

Polir, repolir, repetir

O frio que aquece
 
A polidez do pensamento é uma virtude, ou antes uma exigência, de grande dificuldade e pesado adestramento. A duras penas, através de incontáveis desgraças equívocas, dentre um cansaço bloqueador. Mas, como tudo, emerge com a necessidade efetiva e chega, depois de desilusões, pseudo-proezas e neblinas, a brilhar com alguma saúde frente aos nossos olhos cansados. A brilhar como um pôr-do-sol, ou uma antemanhã. A reunir os nossos fracassos em esforços, as lancinantes frustrações em rastros de um melhor porvir.
 
Talvez cresça com este refinamento do pensar e, sim, do sentir, uma frieza mais embaraçosa, uma hesitação quanto ao curso do nosso ser com os demais. Desengane-se, leitor. Apenas na maior das claridades possíveis, chegando por vezes a solenes cristais de gelo, conseguirá restituir a réstea de pureza, a experiência de regeneração que tanto procura.
 
Brinde, por que não?

4 comentários:

Anónimo disse...

Brinde, sim!, escritora Tamborimzim

Tamborim Zim disse...

Caso p dizer tchin-zim, ó poeta!

Anónimo disse...

zim-tchin! A imagem foi muito bem escolhida. Bravo, Tamborinzim

Tamborim Zim disse...

A fotografia é linda, fácil é escolher. Obrigada! tchinzindlim