quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Porém...

 
 
sem imagem
 

 
... também não posso dizer que me ande a apetecer muito escrever no blog. Sei lá, também há muita informação! Diria demais... Muito blog, muita notícia, muitos anúncios, muita música, muito e frenético trânsito de dados. E no entanto, talvez pouca análise sumarenta, talvez pouca beleza, talvez diminuta frescura. Refiro-me ao Planeta em geral, notem bem.
 
Provavelmente, a constatação a que se chega tão obviamente não nasceu por acaso: provém, faceira, da tal dispersão de palavras, imagens, ruídos, parangonas. Há tanta coisa que esse mar de tudo e de nada nos devora os momentos, os dias e os anos. Depois miram-se planos remotos e perguntamo-nos tal como no supermercado: "Mas trago tão pouco no saco e paguei tanto???".
 
Pois é, camaradinhas... é a muita pouca coisa ou até, nas palavras de mestre Kundera, a "insustentável leveza do ser".
 
Talvez possamos reconsiderar a importância da síntese, da boa síntese. Da qualidade suficientemente forte para brilhar, mas condensada quanto baste para ser bem digerida e interiorizada. Talvez então as disseminações informativas tenham mais sucesso, e nos cansem menos. Talvez então tudo seja significativamente menos "tão".

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