sábado, 9 de fevereiro de 2013

A cidade mascarada

 

 
 
Pior que o Dia dos Namorados só mesmo o Carnaval. Nas crianças muito pequeninas (ou na minha querida mãe que, enquanto criança, se divertia assaz com a bela época!), ainda vá. Agora seres adultos a atirar coisas à cabeça uns dos outros, a zurzir martelos, e moças a sambar no fevereiro português como se o bamboleio ocorresse em plena Sapucaí, já me ultrapassa. Honestamente, não gosto da quadra, acho pateta, chatíssima, forçada e desagradável - ovos? balões de água? estalinhos???
 
Neste particular, a minha curiosidade europeia vence o meu imorredouro amor pelo Rio. Assim, até gostava de estar em Veneza neste período e assistir ao glamour dos desfiles, ao pavonear dos vestidos brilhantes e das máscaras opulentas na Praça de S. Marcos e nas margens dos canais. Ver os encontros de gôndolas flamejantes de daminhas com indumentárias púrpuras no golpear da noite, quando o preto céu se cose às águas de uma das minhas cidades de eleição.
 
Não resisto a recomendar-vos a leitura exigente pela minudência mas fabulosa pela monumentalidade de conhecimento e especialmente pelo afeto que a autora, a inglesa Jan Morris que, curiosamente, nasceu James Morris, dedica a Veneza. Foto supra.

Sem comentários: