domingo, 31 de março de 2013

Momento Alto

 
Ai, ai, ai!... Paula Morelenbaum e TZ
(Foto de Mana!)

Paula Morelenbaum in concert
(Foto de Mana)

 
João Donato
(Fotos de Zim)
 
Que interessante e hiperagradável o Espaço Brasil na LX Factory! Como tinha chilreado aos meus algodónicos e puríssimos leitores, estes dias foram de música. Ontem, o charme incontível e irrestistível da voz lindíssima da belíssima Paula Morelenbaum. Um concerto encantador e uma figura muito simpática que, imaginem, nos assinou discos e... e... e... tirou fotos connosco. Tudo se paga pela língua e é bem certo. Perante a presença de uma das minhas cantoras preferidas, com um repertório do mais refinado que existe à face da Terra, que ademais trabalhou por tanto tempo com Jobim...trabalhou, melhor dizendo, brilhou, perante o ao vivo, a cores, em direto e à frente arenguei vagamente coisas que provavelmente ela não ouviu (e digo provavelmente porque eu mesmo mal me ouvia), mas lá lhe disse que era muito bom e que etc. e tal, e a Banda Nova, e beijinhos. Momento alto, camaradas, momento alto. Tenho a dizer que a foto é da Mana, e foi ela que disse que a "caçula" gostava de uma foto. No vinte, Mana, no vinte!
 
Hoje fui então ao João Donato, que deu também um concerto quente, muito simpático, e ainda com direito a "canja" da Wanda Sá, outra Bossa Nova Lady. Um histórico, Donato, com composições tão lindas quanto e Surpresa (com Caetano).
 
E no ano de comemorações Ano de Portugal no BrasilAno do Brasil em Portugal  não há ouvidos a medir... A música vai continuar neste espaço cheio de luz, câmara, música e ação. Muito à vontade, intimista, todos muito perto e desertos para saborear o que de melhor a vida tem.
 
E eu não quero que o Espaço vá para o espaço depois de Junho!...

quinta-feira, 28 de março de 2013

A Pipoca é um exemplo de alvo do ressabiamento, mas apenas um ...

A felicidade dos outros chateia, não chateia? Chateia. Os bons casamentos alheios chateiam, não chateiam? Chateiam. O sucesso dos outros chateia, não chateia? Chateia. A luva branca do outro e não do mesmo provoca e chateia, não chateia? Chateia. As outras serem magras e giras e não sacas de batatas desistentes da passadeira chateia e encanita e, ainda, chateia, não chateia? Chateia. A inteligência alheia aborrece e a modos que chateia, não é verdade que chateia? Chateia. O brilho da alegria dos outros chateia não chateia? Chateia. A elegância dos outros chateia e quase que engorda e chateia, não chateia? Chateia. A superioridade moral belisca e chateia, não chateia? Chateia. A frescura sem idade irrita e sobretudo, especialmente e francamente chateia, não chateia? Chateia. A lisura incomoda e além de tudo chateia, não chateia? Chateia. O prazer dos outros chateia, não chateia? Não chateia? Não chateia? Chateia.
 
Mas então por que razão não hão-de os chateados optar pela clarividência da síntese e assumir que as suas próprias tretas os chateiam, para se libertarem das cujas e se tornarem, progressivamente, mais fãs de si próprios? Vá lá, não chateiem!

Em prol da vaidade...

... sempre. A minha marca de eleição numa promessa primaveril muito muito convincente. Tenho de rumar à Rua do Norte!

É luxo só

Paula Morelenbaum canta Flor de Maracujá, de João Donato
 
 
Pois meus diletos leitores, este mês de Março, que sempre me foi simpático, é pródigo em concertos da grande Musa, aquela que avança sobre gerações com brilho, viço e encantos mil. Claro que falo da MPB.
 
Infelizmente, para a Adriana Calcanhotto já tudo esgotou (excepto no Porto). Mas outros nomes a transbordar de classe como sejam Paula Morelenbaum (uma das minhas vozes femininas de eleição), João Donato, Maria Gadu, DJAVAN, Maria Rita... andam aí!
 
Este vai ser um fim-de-semana musical na LX Factory. Acreditem ou não, nunca lá fui. Os bilhetes para lá estão num preço muito agradável, 10 euros. A ver. Digo, a ouvir. Luxo só.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Jesus Cristo

Cristo
(Desenho de Zim)
 
Independentemente do significado e símbolo que cada um atribua à figura de Jesus Cristo, filho de Deus e ou ser humano, terreno, o companheiro dos aprendizes, desvalidos e desprezados, do maior semeador do Amor e do "faz ao teu próximo o que gostarias que te fizessem" (e não do simplista e assaz cómodo "não faças aos outros o que não queres que te façam) é uma personalidade maravilhosa a que encontramos. A serenidade forte, a intervenção destemida e a denúncia da hipocrisia, paralela à renúncia absoluta de poderes seculares (que exemplo a ser seguido por quantos se dizem ministros religiosos!) nunca mais serão esquecidas pelo leitor das passagens bíblicas que descrevem a sua vida, uma aventureira, venturosa e também muito sofrida passagem por aqui. A persistência ímpar do pregador da Galileia, do comunicador que atraía multidões de tal forma tamanha que, por vezes, precisava de falar a partir de um barco. Um barco, sobre as águas. E na estaca uma morte dolorosa, indigna no seu contexto de humana violência e chacota, e reveladora da selvajaria de um lavar de mãos.
 
Os meus pais são Testemunhas de Jeová, grupo religioso que tem todo o meu afeto e respeito pelos exemplos que sempre conheci e pelos princípios seguidos, e hoje fui em família ao Memorial, ou seja, à comemoração da morte resgatadora de Cristo. Pão não fermentado e vinho puríssimo são passados de mão em mão simbolizando, respetivamente, o corpo e o sangue de Jesus. Um discurso, com a serenidade entusiasta caraterística dos discursos das Testemunhas de Jeová, cânticos e orações pontuam também a cerimónia. Fico sempre encantada, indo muitas vezes a esta celebração anual, com a receção calorosa das pessoas, a preocupação com quem chega, a alegria estampada nos rostos. Uma atmosfera para mim familiar, pois que privei com a mesma toda a minha infância, adolescência e verde juventude.
 
Como dizia, ainda que nos concentremos no Jesus homem (e eu gostava que efetivamente houvesse uma dimensão superior, e ainda não desisti de achar que pode ser possível, sim, que exista), a revolução de Amor, e a evolução na fé e na bondade são as grandes palmas que de facto saúdam a passagem de Cristo. O livro O Maior Homem que Já Viveu (publicado há vários anos pela Sociedade Torre de Vigia das Testemunhas de Jeová), foi também um marco significativo na minha aprendizagem emocionada do trajeto deste Homem, e recomendo-o irrestritamente.
 
Meditar sobre as implicações que os bons valores devem ter na nossa conduta, e na fidelidade ao que de bom acreditamos - nesta altura do ano, e sempre -, é puro ar. E há sempre algo de muito maior que nos atrai, a um tempo. E impele, simultaneamente. O mistério das revelações, a claridade do que se desvela.

domingo, 24 de março de 2013

Uma pessoa sabe que já é efetivamente grande...

A Guincharia nº4

... quando aguenta ver sozinha (ainda que com muitos e desvairados arrepelões de susto) o Gritos IV.

Mas com a Mana em casa...

sábado, 23 de março de 2013

Adeus Príncipe de Ébano e Veludo

Emílio Santiago canta Mulher
 
 
Esta semana Emílio Santiago, o cantor da maciez de veludo, deixou-nos. Aos 66 anos não é altura para isso, e todos os que amam a sua voz e a sua encantadora delicadeza nobre já sentem saudades.
 
Deixa-nos, no entanto, muito encanto. E, este, para sempre.
 
Saravá, Príncipe Emílio!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Vicejai, Primavera!

Deixai luzir a urze!
(Foto de Zim)

Se a minha existência tendencialmente indisciplinada correr tão serena, enérgica e preenchidamente quanto neste dia de estreia da Primavera, haja saravás! Bem diz o povo que cedo erguer tem as suas virtualidades, e o não desatar a correr logo mal depois de se abrir a pestana concorre, certamente, para a sensação de bem-estar.
 
Acreditai, leitorado pasmo, que levei mesmo uma caixinha-marmita para o labor, almoçando mais saudavel e substancialmente que nos últimos tempos, deliciei-me com um breve passeio ensolarado logo após, trabalhei aplicada e alegremente, fui mesmo agradável (ihhih), e depois ainda as tarefas domésticas que tinha pendentes se encolheram, inferiorizadas, até desaparecerem sob as minhas afadigadas mãos. Acabei de ver um filme (The Siège - O Denzel Washington é realmente lindíssimo e mais, encantador), selecionei fotografias, preparei nova caixinha-marmitôncia para amanhã... Será do Cappucino vegetal que bebi quentinho pela matina? Será da Primavera, ou do lia luminosamente azul, espampanantemente alegre que hoje deflagrou com o despudor de todos os pólenes  pelo menos, na capital?
 
Claríssimo que o facto de estar a sentir-me cada dia mais curada da fedorenta da gripe ajuda muito ao momento de brinde.
 
E ainda... saiu posta. Começa a ser histórico, neste errático bloguium.
 
Boa Primaverve...cof cof, Primavera!

domingo, 17 de março de 2013

Três vivas à pena de morte!

Sem perdão

Mas não há quem apanhe, empale e trucide os montes de esterco (sem ofensa ao esterco) que andam para aí a violar pessoas, isoladamente ou em grupo? Da Índia, então, chegam-nos diariamente notícias de vomitar o estômago, como esta, sucedida na passada sexta-feira. Pena de morte quando a vítima morre ou fica em estado vegetativo, governo indiano? Really? Só?
 
Para quando, governos do mundo, a imposição da pena de morte, inapelável, para casos de prova provada e comprovada de culpa de violação, homicício, negligência grave? Para quando o justo valor atribuído à vida, o que equivale a neutralizar, sem mais delongas, os agentes que a ameaçam de forma espúria, repetida, irremissível?
 
Quantas mais pessoas terão de ser traumatizadas e sobreviver às marcas da barbárie todos os seus dias, culminando o castigo numa pena ridícula e adicionalmente ofensiva da dignidade das vítimas, dos seus familiares e amigos?
 
Para quando o pénis arrancado à paulada e a sangue frio a esses indizíveis monstros, para o remate final, justo e cego, como só assim pode e deve ser?
 
Quando perceberemos que civilização nada tem que ver com tolerâncias criminosas, com ai-não-me-toques tipo "ai, ui, pena de morte não, ninguém tem direito"? Ninguém tem direito? Uma pinóia! Ai mas nunca se sabe se a pessoa se pode redimir e tornar-se um monje tibetano cheio de graça a distribuir comida pelos pobres e pétalas perfumadas a quem passa? Quando, quando perceberemos, e como me custa esta insciência coletiva, que a redenção de quem ceifou uma vida, ou de quem a maltratou até ao limite do inconcebível, não vale nada? Estou-me positivamente nas tintas para a redenção destes cabrões. Não têm mesmo de ter nenhuma outra oportunidade, simplesmente porque cometeram pecado capital, roubaram a soberana oportunidade dos outros: a existência, ou uma existência sã, ou a inocência. Quero que morram, e que morram aflitivamente. E que todos os outros calhordas ponham os olhos nisso e percebam que o mesmíssimo lhes sucederá, caso deitem mãos à obra para desgraçar a vida de mais alguém.
 
Digam-me qual é o botão, mostrem-me a alavanca, e aqui me voluntario para acabar com todos os FDP deste mundo, flagelos cuja serventia é zero e cuja redenção é nada!

Quando é que vamos deixar de ser cúmplices desta vergonha e desta sucessão de atrocidades?

sábado, 16 de março de 2013

A Bela e os Parvos

 
Ouro poente parisiense
(Foto de Zim)
 
Paris estava bela porque bela e (estou de novo com problema nos acentos, humores instaveis deste bebe pc), e quanto a isso, pas de novidade. Os meus pais aguentaram estoicamente tanta passeata e vimos muitas coisas.
 
Dececionou-me, desta vez, a falta de qualidade dos serviços parisienses. Claro que ha e houve boas exceções, mas a falta de cuidado, competência, rigor, inteligência mesmo, por parte dos empregados, especialmente de cafes, deixa-me em broa. Eu bem sei que tenho razão ao preferir mil vezes comer em casa, essencialmente porque não tenho paciência para estas inepcias e para o ar enfadado-desinteressado das criaturas.
 
E depois a gentinha desprezivel com ar superiormente militar dos aeroportos... Ai, paciência, vinde.
 
Decerto que a claridade verde dourada do Sena, o charme de Versailles, a grandeza de Norte Dame, a boa onda da Rive Gauche e os prazeres de redescobertas e descobertas ameninzam as coisas. Mas... para quando o atendimento por maquinas???
 
E depois a gripe, a boa da gripe, a ma da gripe, que me fez cancelar uma viagem laboral subsequente a Viena. Paciência, revinde. Haja Paris.

terça-feira, 5 de março de 2013

Pa(r)is!

- Vira à esquerda, vira à direita, vira à esquerda...
 
Já é uma das minhas cidades preferidas, e agora preparo-me para ir com os meus pais. Um sabor muito especial de e em Paris. 

A melga TZ volta a atacar

Pobres dos senhores da EDP Universal que hoje tiveram o infortúnio de me atender ao telefone. Foram vários, e em diferentes momentos. Mas eu explico.
Vou estar ausente uns dias, apenas interrompidos por um, primeiro em mini-férias e depois em trabalho e depois em mini-férias de novo. Eh bien, resolvi hoje tirar um dia de férias antes da ausência para organizar coisas que me faltavam, isto porque também já me sinto meio velhota e parece que às vezes coisas simples se tornam mais complicadas nem sei porquê.
Passo pela caixa do correio, abro a cartinha da EDP e fico logo na chamada polvorosa. Um aviso acusava a pobre Zim de se encontrar devedora de 68 e poucos euros, e que para evitar sevícias adicionais, deveria saldar a dívida até dia 8. Mudei há pouco tempo para a outra EDP e, conhecendo-me como conheço, seria muito difícil ter-me passado uma fatura por pagar. Eis-me ao telefone: tim-tim-tim-tim-tim. E quer que lhe liguemos? Marque 1. Quer continuar à espera até que as mandíbulas se lhe ressequem e as frontes lhe latejem furibundas? Marque 0. Não, pá, não quero, quero falar. Pimba, 0. 0 atrás de 0, até porque mo perguntaram várias vezes. Tim-tim-tim-tim-tim... Ok, atendem.Vamos agora tentar reconstituir os diálogos, sabendo que não são exatos exatos, por assim teclar, mas com uma pitadinha de inventiva aqui ou ali (devo dizer que todos os funcionários - e gravações automáticas- foram bem corretos).
- Olhe eu chamo-me Tamborim Zim e acabei de receber uma carta... (explico).
- Pode dar-me o código de identificação do local?
- Sim. É o 12345.
- Esse não é o código de identificação do local.
- É é.12345.
- Pode ver por favor do lado esquerdo, o código de identificação do local?
- Já lhe disse : 12345.
- 12315?
- Não. 12345.
- 12355?
- Não é 55, é 12345 - rosnei.
- E pode dar-me (um número qualquer, não sei quê).
- Sim - dei.
- Podia aguardar pf?
- Sim, obrigada - sou mimosa, apesar de tudo.
- Pois a senhora está a dever 72,85 euros, é da fatura de Nov./Dez.2012.
- Bom, se fosse um acerto eu ainda percebia, mas faturas? Eu que sou tão cuidadosa, tenho dúvidas. E veja que nem o montante que me diz bate com o da carta que me enviaram, já que esta diz 68 e tal e diz-me agora que devo 72,85.
- Bom, como os montantes não batem vou passar à faturação.
- Sim...........
Plim-tim-plim-tim-plim-tim-plim...
- Dona Tamborim Zim?
- Zim, zou eu. Olhe isto vai para aqui uma confusão e eu preciso que me digam o que se passa.
- Pode dar-me então o número...
- Blá-blá-bló-bló.
- Bom, o que se passa é que respeita à faturação de Nov.-Dez. 2012.
- Então mas eu sou tão cuidadosa. Mas enfim, não juro que não possa ter falhado, sinceramente não me recordo dessa fatura nem a estou a encontrar no meio das outras (tudo espalhado no sofá-cama, e a pastinha transparente das faturas de tudo e mais umas botas em estado de apoplexia geral). E depois o valor não condiz com o que agora me cobram no aviso deselegante que me enviaram. Porque é que não me enviaram primeiro a fatura?
- Bem, tivemos problemas no envio de faturas no fim do ano, pode ter sido isso. O valor de diferença é a taxa de audiovisual.
- Mas então como é que eu pago essa diferença? É para a referência multibanco que aqui tenho na carta?
- Não, este montante da taxa não pode ser pago para essa referência. A responsabilidade de o recolher não é da EDP, mas do Estado.
Ui, a trama alastra-se perigosamente nos seus desígnios...
- Então mas repare, como é que o cliente paga o valor? (Já ria, entretanto.)
- Vou dar-lhe uma referência.
- Muito obrigada, beijinho beijinho.
(Refuçando a pastinha, intrigadíssima, como era possível ter-me escapado a fatura?? Até que... Jan. 2012, total referente a Nov.-Dez., 72,50 euros, pago a tempo e horas. Eureka!Ah ahhhhh!)
Pim, replim-relincha-pim, pim, tlimmmmmmmmmmmm. Quer que lhe liguem, quer, quer, quer, querrrrr? Marque 1, chata do canário! Quer esperar, embirrante gordurosa? Marrrrrque 0, 0, 0, 0! Marco 0, digna e paciente.
- Em que posso ser útil?
- Olhe eu recebi uma carta a dizer que tenho uma quantia em dívida, e até podia ser possível, embora achasse estranhíssimo, mas constatei agora que tenho a fatura paga, e o comprovativo à minha frente.
- E o valor é?
- 72,50. E o seu colega disse-me que eu devia...72,85. Ui, espere lá, isto também não está a bater certo agora, o melhor é passar-me à faturação.
- Vou passar, com licença.
- Toda, irra, toda.
Plim, replim, relincha-tlim, tlim, tlimmmmmmmmmmmm.
- Sim boa tarde, Dona Tamborim Zim?
- Sim. Olhe, é a segunda vez que estou a contatar a vossa faturação hoje. Mandaram-me uma carta a dizer que devo 68 euros e tal, mas afinal são 72,85, e acabei de constatar que tenho a fatura paga no total de 72,50. Não percebo esta diferença. Refere-se a Nov.-Dez. 2011, a fatura é de Jan. 2012. Hum...2012...Oh...
- É que essa já foi há mais tempo....(respondeu-me a senhora, serenamente.)
- Ai, olhe...Isto foi uma confusão inolvidável. Peço imensa desculpa por estar a fazê-la perder tempo. A fatura é de 2011 e não de 2012!!!
- Ora essa.
- Adeus, adeus, adeuuuuuuuussssssss!
Refuçando, desvairada, na saca, nos móveis, nos livros. De súbito: saca. A saca. A saca. A sacaaaaaaaa. A saca preta, onde não costumo colocar faturas, pois que as guardo, antes de pagar, sempre bem à vista, na mochila. A saca preta. Ei-la, ei-la, ei-la! A fatura de Nov.-Dez. 2012, efetivamente sem o talãozinho apenso. Passara-me então, a EDP estava certa. Bufffffffffffffff.
E lá fui pagar tudo. Uma canseira. Nem vos digo. Inenarrável, inolvidável e incogitável.

sábado, 2 de março de 2013

Não fui à Manif

Sobretudo por uma tremenda falta de pachorra. Uma pitada porque nunca simpatizei muito com a parte inicial do slogan da cuja. Depois, há o problema da alternativa: Seguro no horizonte, e eu já a ver-me a ter de mudar de canal de cada vez que me confronto com o seu ar que me soa solenemente a falsete. Oh, Assis!
 
É uma grande chatice, uma grande consternação, e obviamente uma colossal injustiça o que presenciamos diariamente.
 
Mas, ainda assim, ainda bem que as pessoas se manifestaram amplamente. Que alguma coisa melhore - voto um pedaço retórico.

Por que é que eu amo a Farmácia Condestável

Porque o atendimento é de facto de farmácia do bairro (o melhor de Lisboa, modéstia à parte), os técnicos são do mais simpático, prestativo e profissional possível, genuinamente preocupados com as pessoas e tão personalizados no seu atendimento.
Resolvi fazer este post quando hoje, já a mesmo al borde da farmácia fechar, pela hora de almoço, vou a correr pela rua para conseguir a minha medicação para a hipófise. Cheguei, não tinham. Hora de fecho. O técnico que me atendeu, um encanto, faz uns telefonemas. Não têm no primeiro. Têm no segundo. Pós-hora de fecho. Saiu da farmácia e foi buscar-me os comprimidos ao fornecedor. Voltou, sempre uma simpatia, afirmando que não custava nada, e que era mais fácil para si do que para mim. A colega, uma outra encantadora menina, atendia atentamente uma cliente, declarava-se orgulhosa nos seus progressos, e depois sossegou-me, não se importando com o facto de a estar também a reter após o fecho da loja.
Quando digo que não suporto pessoas, e que são quase todas umas chatas pestilentas, tenho realmente de lembrar-me dos bons exemplos, porque ainda os há.
(Mas da próxima serei mais organizada com a medicação em estado terminal.)