quarta-feira, 24 de abril de 2013

A pura da excentricidade

Dalí - e basta!
 
Hoje uma querida colega minha ficou espantada quando lhe disse que se pudesse me reformaria hoje mesmo. Claro que já sei que não posso, por causa da idade (sim, gosto de ainda ser nova, se bem que não já fresca jovem), que não é cogitável. Mas se fosse, caso reunisse as condições ah, sim, amaria.
 
Gosto do trabalho que estou a fazer e do local onde trabalho, mas tenho de dizer que me ocorrem incontáveis coisas mais interessantes para fazer da vida.
 
Viajar, viajar, viajar, estar como nativa e não turista, regressar e repartir, estudar matérias diferentes em distintos locais, escrevinhar daqui, rabiscar de além, dormir sem controlo, disciplina, culpa ou qualquer plano, recolher ao campo, recuperar a paciência, a detenção necessária à leitura. Ouvir mais música e ver mais bom cinema, voltar a viajar... Se me aborreceria? Não sei. Em caso afirmativo, podia sempre ser exótica e trabalhar um pouco, abrir uma editora, uma produtora musical, ser curadora ocasional.
 
Ah, sim... esqueço-me de referir que para poder fazer isso tudo, não bastaria reformar-me. Havia que ter saído um possante Euromilhões.
 
Mas se saísse o dito cujo  também não se punha a questão da reforma, era zarpar pela casa da partida fora, sapatas para que vos quero. Mas, bom, algumas coisas sempre se podiam fazer mesmo sem Euromilhas, não é vero? E não pode ser, hum?
 
Baffff...oh, realidade! Travestis-vos!

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