quinta-feira, 25 de abril de 2013

Abril águas mil

E agora, qual vai ser a fastidiosíssima sucessão de metáforas, alegorias, fábulas, hipérboles e verborreia analítico-comparativa entre o "espírito de Abril" e a nossa decadente crise? A democratização e a frustração de algumas expectativas como derradeiro óbice ao estabelecimento de um regime mais decente? Ai que Abril não se realizou? Ai que sai ou vai a Grândola do/para o hit?
 
É que estou a ficar um pouco entediada de tanta mesmice e de tanto alho com bugalho. Como dizia o outro, "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Hélas, mas também não estou a dizer nadinha com tino, vero? Mais non, quase nadinha. E este quase, diletos, é um intransponível abismo para o bem geral e, especialmente, para minha particular redenção.
 
Viva a liberdade e, já que é o que se pode ter e à falta de melhor, como também bem sabia e dizia Churchil, viva a democracia. E fora as análises chatinhas, sim? Fora. Puníveis com impostos vitalícios e de geração em geração. O povo ressabiado é capaz de tudo, de um tudo!

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