sábado, 7 de setembro de 2013

Chãos

Amada
 
Caetano canta Tom e Vinícius - Eu sei que vou te amar
 
 
Nunca é demais dizer-vos o quanto eu amo o campo. A natureza ali, aberta e verde, imensa para nós, a sós connosco sempre que quisermos porque, bem veem, espaço é coisa que não falta. E no amplo espaço é sabido que se dilata o tempo e a existência distende-se, inchada de conforto e de harmonia.
 
Muitos, muitos passeios, extensas horas a divagar, devagar, de um lado para o outro, entre caminhitos e estradas, com horizonte rasgado ou totalmente coberta de folhas, ramos, troncos e sombra. Inefável, portanto, e esta sensação não a trocava por nenhuma, é-me fundamental e ajuda-me cada vez mais a perceber que gostava de passar a maior parte da minha vida em contacto íntimo com a natureza. A urbana, a humana, pode sempre ter-se, e em alegre transumância.
 
Mudar de vida. Quero muito!
 
Eu sei que vou mudar, a cada volta minha, eu sei que vou mudar... E cada acácia esplenderá, e a luz e os sons, alastrarão imensos, a dizer: eu sei que vou mudar. (Adaptação cómico-dramática de Eu sei que vou te amar.)
 
Ah, o Brasil continua a sambar, a latir, a acordar na minha cabeça. Repercebi com grande emoção que dois dos maiores lugares do mundo para mim são a terra do meu Pai e o Rio de Janeiro. Esteticamente, ontologicamente, existencialmente, em vigor, em beleza, em arreigada necessidade e, claro, em êxtase.
 
Beijo os seus chãos.

2 comentários:

Pagu disse...

Que bom que o post não tem som.

É que consigo imaginar a canarachadice do musicol....

Até o Redentor pestanejou.

Tamborim Zim disse...

ahahahahaahahahahah Canarachadice é vitorioso! Eu sei qui vou...