domingo, 13 de outubro de 2013

Latinidade, vulgaridades e delícias





 
 






Vistas variadas, escultura insuflável de Marc Quinn que todos os dias se monta e desmonta na ilha de S. Giorgio, declaração de civilidade que fica lindamente em qualquer solo do mundo, Lido, pizza vegan, Bienal 2013 mood


Cá por mim deleitosos leitores, confirmo: centro/sul da Europa: sim! Mas compara-se lá a beleza de Veneza, uma, ou mil mãos plenas de leques-cenários, tortuosos mistérios, delicadas pregas de água a bailar nas vistas e nas lentes dos transeuntes com o aborrecimento clean das cidades do Norte europeu?! Jamais!
 
Claro que a barulheira, a chinfrineira, etc., também não se comparam ao silêncio calmante lá de cima. Não diria que Veneza, onde já tive o prazer de estar várias vezes ao longo da vida (mas apenas no Verão), fosse a cidade em que mais desejaria viver - toda a gente sabe que essa poderia ser o Rio, se o Rio não estivesse como está...ainda. Até diria que provavelmente me veria a viver no Lido, com várias incursões na alma da Serenissima.
 
Mas os seus corredores de sonho, as surpresas em cada canto, rua, canal, curva, cor, capitel, coluna, frontão, janelas, janelões, janelinhas, varandas, registos, oh....As gôndolas, sempre damas finas de rendas e veludos, até o comum vaporetto é romântico! O vapor, os vapores de Veneza, a sua respiração vagarosa, a lentidão fílmica dos seus tempos.
 
O Grand Canal, o azul da Lagoa, a dispersão amorosa das suas ilhotas preciosas, e depois num outro lado, um diferente perfil, e a agitação extravagante do mar de Lido, um Adriático arrepiado e com um pôr-do-sol belíssimo.
 
De um jatinho à noite, vi uma pequena exposição da Bienal, alusiva a exposições passadas, e pela primeira vez lá m sentei no Florian a descontrair de uma série de reuniões daquelas em plena Piazza di S. Marco.
 
Assim, e apesar de ser ótimo conhecer locais diferentes, para passar uns dias deem-me o pleno, a abundância, o deslumbramento do melhor da estética europeia!


2 comentários:

Pagu disse...

Ai melhee, vens fina.
Pois que também gosto muito de Veneza sendo que para ser quase perfeita teria que não ter italianos.
Tudo bem que eles até podem estar um bocadinho cansados, quiçá fartos da turistada histérica mas ainda assim, uma cidade como essa merecia rapazes mais delicados.
Viva Venaza!

Tamborim Zim disse...

Olha mas n e q os achei melhorzinhos? E o norte... A bruteza das cavernas e mmo em Roma.nMas usar serviços orientais funciona!