domingo, 3 de novembro de 2013

O que eu queria

Uma das preciosidades de Renoir
 
Nada como uma dominguinha a raiar para um começar logo num ressabiamento crescente com o que vai ter de aturar na semana vindoura. Não posso ser complemente injusta, já que a semana me levará a uma das cidades mais amadas: Paris. Mas assim no geral, entendeis, sabeis o que eu queria?
 
Queria mudar-me com os meus poucos pertences, de mala e cuia, para o amado campo, o centro, o coração da natura. Lá teria como vida frentes várias e todas no ativo, porquanto receberiam o fôlego da motivação de quem vive como quer. A terra seria cultivada com grande intensidade. A cozinha clara e com vista para o pinhal encher-se-ia de olores maravilhosos de doces vegan. Cacau, bolos, açúcar amarelo, mousses, oh! Tentaria vender esses produtos, e talvez me dedicasse a uma coisa que me interessa: "jóias" naturais. Pulseiras de casca de eucalipto, anéis de corcódia, pedras, terra, flores. Exploraria, cientista amantíssima, as virtudes das boas ervas, venderia chás (chás de facto e não infusões).
 
Depois escreveria, e leria, e ouviria música, e veria filmes e séries e, mais importante, passearia até que se instaurasse uma sintonia diária com a Natureza e com um novo ritmo vital e existencial, que conheceria nuances quando me apetecesse (e pudesse!) viajar um pouco mais longe.
 
E queria, claro, a eternidade em vida.
 
Isso era o que queria, camaradas.
 
E ustedes?

2 comentários:

Pagu disse...

Mas vives em que planeta Tamborim?

Deves andar a cheirar muitos chás....

Tamborim Zim disse...

Agora vou simplesmente esmagar te Paguinha: ' No planeta fome.'