quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Baralhar, voltar a dar - e provavelmente a perder

Se a malta não fosse tão assintomática, tão doida, tão nonchalant, se a Terra não rodasse tão ordeiramente porém à beira do céu da boca da ninfomaníaca Andrómeda, bolas, se eu visse, mais do que os penso, rododendros numa eterna flor. Se não existisse a Sida nem a gonorreia nem a guerra nem a fealdade da aorta, caros, se o barato fosse exclusivo do masculino, gentil embora, da barata, se o meu peito não batucasse morbidamente neste último dia do ano. Se eu percebesse este meu último ano, se compreendesse para além do sabor de rosquinhas doces, se aquele e-mail tem chegado, se da bainha do vestido saíssem segredos para a cura de todas as depressões e de todos os transtornos e desconexões de todos os transtornados. Se eu não tivesse visto aquela transformação, se pudesse viver dentro de uma tarde de Verão numa aventura d'Os Cinco. Se o mundo não perorasse, não blasfemasse, não fundeasse a cada tentativa de criação de um poema translúcido. Se os navios realmente fizessem desatracar de portos as almas embrumadas que os habitam sem lenços brancos e sem horizontes para além da linha quente-fria provocante do mar. Se calasses as tuas palavras. Se aqueles passos fossem erráticos e não o traçado talhante de um fim. Se a minha memória não me deglutisse, gorda e dantesca, se a minha veia não se abrisse.
 
Podia ser um grande ano, este novo.

domingo, 6 de dezembro de 2015

No alvo, senhores

Aos filhos da puta dos terroristas covardes que andam pelo mundo a matar e ferir gravemente inocentes enquanto guincham alarvemente "Isto é pela Síria!", acrescendo desconhecerem totalmente as afinidades políticas, filosóficas, concetuais das suas vítimas - e não refiro de propósito o fator religião porque estes merdas não são religiosos nem fazem a mínima ideia do que significa religiosidade, qualquer que seja -, tenho um mote para oferecer:
 
Mais bombas, muito mais bombas até vos desfazermos seus canalhas, e isto é pelas vítimas de todos os continentes que vocês dilaceraram e tentam amedrontar. Morram seus demónios, o mais devagar possível para que sofram bastante, e nunca será o suficiente.
 
Para os apanhados na criminalidade terrorista fora do território sírio, espero que a tortura e depois a eliminação não se façam esperar, até porque informações sobre redes e fulanos a esmo são imperiosas.
 
Anonymous, do the work as well!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015