segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Eu veto - e os meus leitores?

Para a fealdade dos maus atendimentos
Não sei exactamente o que pensam sobre isto, mas a mim revolve-me não menos do que as entranhas a falta de profissionalismo, mais ainda a falta de cortesia e de educação. Isto para especificar que odeio a prestação de maus serviços. Atendimentos com ar de favor, cabecinhas  totalmente desprovidas de discrição, atenção e rigor, aspecto bexigoso e remelento, que derruba o apetite ou a vontade de fazer compras de qualquer um, o olharzinho sobranceiro género "faço-te a sandes mas não penses que sou tua criada e, se queres mesmo saber, acho que deves pensar que és muita boa mas não passas de uma reles cliente que ajuda a pagar o meu ordenado e o meu serviço de m....", entre outras prendas.

O triste é que presenciamos estas alminhas diariamente na loja de roupa, no café, no restaurante, na bilheteira, etc.. Estão por todo o lado como pragas inabaláveis e imorredoiras. E não me venham com a conversa do coitadinhos ganham tão poucochinho. Se aceitam o trabalho, devem honrar o seu dever de forma aceitável. Não estão satisfeitos...há mais quem queira e quem seja mais simpático, prestável e competente, ora! Ocorrem-me flagelos, requintes torturantes, penas máximas, terrorismo psicológico por dez anos seguidos (dia e noite), mas acabo sempre por chegar a uma solução mais simples: se achar que se justifica, e cada vez o acho e faço menos, peço o Livro de Reclamações (nome excelente para um blog, se ainda não existir); se não, não volto ao sítio em causa, veto, risco das minhas opções.

Cada vez mais, na justa proporção do quanto somos mal atendidos por serviços que pagamos, é precioso termos presente que o nosso dinheiro tem poder. O bíblico "pouco de muitos" é muito, digníssimos leitores, e podemos não contribuir para o que não for correcto, satisfatório, prazenteiro, and so on, and so on. Isto aplica-se a tudo. Não quero contribuir para maus serviços como me recuso a contribuir para a exploração animal ao não consumir, desde há uns meses, carne, peixe e outros animaizinhos, como não contribuo para audiências de programação degradante (bom, quase nunca), como quisera não ter de contribuir para o assassinato constante de seres inofensivos sob o nome de "interrupção voluntária da gravidez", ou seja, aborto voluntário. Mas há coisas em que podemos, efectiva e praticamente, vetar; é o termo.

Pelo exposto, frequento cada vez menos ou nada certos lugares, sou cada vez mais criteriosa nas minhas escolhas e absolutamente amo estar em casa (sempre amei), sozinha ou rodeada de pessoas de quem gosto, em momentos íntimos e tão especiais, ao invés de aturar a triste mundanidade do servicinho manhoso.

Em suma, há o mínimo: respeito, educação e uma apresentação decente(zinha). Não havendo: não contem comigo nem com o meu "pouco". Se todos agirem assim, vamos ter cada vez mais o poder de exigir e seleccionar o que se deseja: um bom serviço. Vamos a isso?

Sem comentários: