sábado, 9 de fevereiro de 2013

Agostinho na Alegoria

Agostinho da Silva

Entretanto, espero redimir-me destes densos dias ausentes com o seguinte texto que li hoje no FB, publicado na página do Grupo de Investigação do Pensamento Português. Agostinho da Silva dixit:


"(…) Há, talvez, duas espécies de revolução: uma é a de mudar o mundo (...), a outra a de mudar cada pessoa (...), a revolução pessoal, que tem no Ocidente os exemplos de São Paulo ou São Francisco, e no Oriente o caso de Buda e de, quase e...m nosso tempo, Ramakrishna. (...) Quem sabe se não haveria ainda que trilhar novo caminho: o de, tomando toda a simplicidade, todo o despojamento, toda a disciplina, toda a dedicação dos acima citados - e bem sabendo de nossas inferioridades e limitações -, ninguém se retirar do mundo, como muitos deles fizeram, ninguém se recolher a convento algum, mas no século permanecer, com bom humor, paciência, entusiasmo, fé no triunfo e absoluta confiança nas qualidades do homem, quaisquer que sejam as aparências.
Combater sem agressividade, esperar sem se tornar passivo, acreditar haver saída para tudo, conservar-se na marcha geral, embora escolhendo o seu próprio caminho e jamais esquecendo o seu rumo, abertos sempre a novas ideias e acolhedores de todos os estímulos. Sem internas quebras, navegar o que parece impossível, sem desânimo, adiantar a tarefa sem temer o paradoxo, dar toda a eternidade à corrida do tempo, sem pressa, nunca cessando a marcha. E ver em todos os companheiros não um grupo que se segue, o que logo faz surgir hierarquias, mas o nosso amparo, o nosso incitamento: mestres, afinal, não discípulos".

 
Um manifesto de extrema beleza e riqueza de direções.

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