domingo, 26 de maio de 2013

Uma noite de casa de horrores

...ou parte dela.
 
Tenho, desde já, de aqui deixar in loco que cada vez mais me é detestável comer fora. Os serviços são nefandos, desadequados, rústicos do pior dos modos. As comidinhas, um enjoo e uma falta de imaginação absurda. Desculpem mas o nosso dinheiro tem poder. Recuso-me contribuir mais para a propagação da estupidez e da inépcia da espécie.
 
Num total de três pobres alminhas, hoje fomos tentar jantar adivinhem onde? Ao LX Factory, apenas porque lá existe o nosso querido Espaço Brasil e havia concerto do Lenine (que salvou a noite). No primeiro restaurante onde decidimos arriscar, Mesa, fomos conduzidas à tal mesona gigante, na qual a pessoa que ficou à cabeceira teve como brinde uma cadeira tão alta que a desproporção dessa altura em relação à mesa era simplesmente ridícula. Isto para já não falar no facto de, para rentabilizarem cada milímetro, porem as pessoas com os pratos quase em cima um dos outros. Pedimos solução, que tardou. Ai, é o conceito e tal. Fuck off para o conceito. Desistimos.
 
No segundo restaurante, Cantina LX, acontece uma cena desagradabilíssima, em que um empregado idiota (cozinheiro ou agente pateta de ligação com a cozinha) respondeu com um ar de enfado enojado à colega que lhe perguntara, a meu pedido, se um dos pratos vegetarianos tinha ingredientes de origem animal. Sigo a cena, rodo a baiana, ele que estava a falar com a colega e não comigo, quase tipo "Não te metas pá", eu "Quero falar com o chefe", ele "O chefe sou eu". Chamei-lhe desprezível e a criatura riu. O dele está guardado, reclamações feitas via Facebook e e-mail. Bom, claro que também não jantámos aqui.
 
Terceira rentativa, já exauridas, com fome e exasperadas com tanta estupidez junta: Café na Fábrica. Ai, ui, que cozyzinho. Abstruso é a palavra. Para além de no início da  noite as criaturas, sem sal algum e a modos que meio zombies, não terem montes de coisas, esperámos quase 50 minutos - 50 minutos, repito-, por três tostas. Ao cabo desse tempo, e após justa averiguação, concluímos que apenas uma tosta fora feita. Também, parece que só tinham uma torradeira e pequena... Dinheirinho para cá de novo, desistência, saímos.
 
Como calcularão, e ainda por cima depois de um dia de luta na concentração da CGTP, da qual também darei nota, estava esfaimada e fui para o concerto quase a gatinhar.
 
Expliquem-me como é que podemos conviver com esta anormalidade, com esta gente espúria, com esta gente inepta, que devia estar desempregada e dar lugar a quem quer realmente servir bem e com aprumo? O meu dinheiro, servicinhos quejandos, cada vez verão menos! Amo comer em casa, amo, amo, amo.

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