Women in the street -Kirchner |
O instinto é uma preciosidade que, como todas as coisas que o são, carece de um tratamento cuidadoso. É preciso dar-lhe rédea solta, não o assoberbar com trabalhos, fazê-lo acreditar que não estamos de olho nele. Todavia, há que o ouvir, escutar mesmo, com a atenção com que o ouvido escuta no copo colado à parede. Mesmo que pareça não o ouvirmos, o instinto é tão poderoso, tão acutilante e, diria, tão inteligente, que marca a sua impressão irrefreavelmente.
O instinto avisa, o instinto ilumina, o instinto impele, o instinto refreia, o instinto evita e pode salvar.
Eu gosto do meu instinto, e cada vez me fio mais no dito.
E tenho dito.
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