Foto de Zim |
Por acaso (?) fico um bocado chateada, acho que até triste, quando me perguntam com uma piruetazinha de escárnio na ponta da voz se quero ou se vou salvar o mundo por comer soja, tofu, seitan, tempeh (todos deliciosos), etc, em vez de continuar a comer animais, seres vivos como eu, com lágrimas e alegrias e medos como eu.
Sabe-se. Reflecte-se. Sente-se. Decide-se. Age-se.
Será que ainda não perceberam que eu há muito compreendo a vastidão do mundo, estando portanto tristemente ciente de que não poderei, ainda que quisesse, soubesse, fosse digna disso, salvá-lo?
Desconhecerão, talvez, que o mundo é feito destes biliões de mundos que consistem em cada uma das nossas carcaças com coração e miolos inclusos?
Será que não entenderam ainda que é a mim, a mim mesma, que tento salvar-me?
Quem não entender a existência como Demanda, viagem e auto-regeneração, para onde caminhará?
4 comentários:
Agora fiquei um bocadinho acabrunhada...ops....eu costumo brincar com isso mas confesso que não faço por mal.
Mas achei deliciosa a ideia de nos salvarmos a nós próprios através de comportamentos éticos que adotamos, seja lá porque motivo for.
Eu cá, já comi um iogurte de avelã. Já salvei o mundo por hoje...rsrs...a avelã tem miolos? coração? sentimentos? dor? Que pensará ela quando é esmagada, triturada, comida?
Ok! Não tenho salvação possível. Ok!
ahahahahah Tens sim, nada é impossível, ou melhor, há forças q domesticam o impossível.
Nada de acabrunhanço. E q bom teres gostado da outra ideia; a validade das ideias é mesmo a do nosso coração. Cada vez mais acho isso.
essa é a grande questão, a definição do que somos
E p minha grata surpreso aqui vejo um comentário da primeiríssima pessoa q me fez pensar e recalcar e repensar e finalmente escolher o caminho certo: o da não exploração de animal. Muito obrigada António Caldeira, abraço.
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