António Ramos Rosa
Nascimento Último
Como se não tivesse substância e de membros apagados
Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra
E germinar no sono, germinar na árvore
Tudo acabaria na noite, lentamente, sob uma chuva densa
Tudo acabaria pelo mais alto desejo num sorriso de nada
No encontro e no abandono, na última nudez,
Respiraria ao ritmo do vento, na relação mais viva
Seria de novo o gérmen que fui, o rosto indivisível
E ébrias as palavras diriam o vinho e a argila
E o repouso do ser no ser, os seus obscuros terraços
Entre rumores e rios a morte perder-se-ia
Como se não tivesse substância e de membros apagados
Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra
E germinar no sono, germinar na árvore
Tudo acabaria na noite, lentamente, sob uma chuva densa
Tudo acabaria pelo mais alto desejo num sorriso de nada
No encontro e no abandono, na última nudez,
Respiraria ao ritmo do vento, na relação mais viva
Seria de novo o gérmen que fui, o rosto indivisível
E ébrias as palavras diriam o vinho e a argila
E o repouso do ser no ser, os seus obscuros terraços
Entre rumores e rios a morte perder-se-ia
2 comentários:
é muito bonito este poema.
Muito mesmo.
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