Rio de Janeiro (Copacabana) |
Querido Rio meu,
Nem imaginas as saudades que tenho de ti. Neste instalado desconforto lisboeta ante-inverno, destacam-se da lonjura as cores invejáveis das tuas orlas e o meu coração aquece-se na reminiscência das vistas altas e quentes sobre a extasiante curva de Copa desde o Pão. Ah, quanto sabor tem esse Pão, e alcançá-lo desde a trilha da Urca?! Mata na cidade e o mar a abrir-se dentre o arvoredo.
O charme do teu centro alcança um auge apolíneo nos perfeitos enfeites da Colombo.
Nadar no Arpoador e deixar que o sol se me ponha com os Dois Irmãos envoltos na auréola alaranjada dos últimos suspiros diurnos, ver a Lagoa cheia de luzes a antecipar a noite carioca sob os pés. Mesinha e violões no Vinícius. Ansiar todos os teus lugares e ser em todos.
Para tudo se acabar nunca. Nunca findo este amor.
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